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Quando comecei isto do blogue, comecei porque sim, porque me apetecia. Se os outros têm opiniões, eu também tenho as minhas. Mas os blogues sérios não são para mim, isto é um blogue pessoal e não me escrever coisas sérias. Portanto, o Deixa Para Depois pode ser considerado entulho blogosférico. Aqui não vão encontrar ideias iluminadas, epifanias, sugestões para sairmos da crise, não se vai escrever sobre política, não sou uma fashion girl, não vão encontrar receitas de culinária espetaculares e altamente gormet, não sou designer nem decoradora, portanto casas bonitas não serão da minha autoria. Também não sei escrever coisas bonitas, pelo que não vão encontrar grandes obras-primas de literatura. E já agora, nem de pintura nem de escultura, com excepção de coisas Art Attack. Pois, como adulta e madura que sou, continuo a gostar de ver o Art Attack.
Era só para dizer isto. Sentia que andava a enganar os (poucos) que por aqui passavam, a desperdiçar o tempo dos que vinham ao engano. Quando estava para actualizar o blogue vinha-me sempre à cabeça Mas isto interessa a alguém? O que tem isto de relevante? E acabava por não escrever nada. Assim, não sejam enganados, não vão encontrar coisas sérias, só mesmo banalidades.
Gosto de dormir. Gosto de andar de bicicleta. Gosto de chocolate. Gosto de bolo. Gosto de bolo de chocolate. Gosto de ler. Gosto de livros. Gosto do cheiro dos livros. Gosto de amendoins. Gosto de ver filmes. Gosto de ver séries. Gosto de sopas. Gosto de saladas. Gosto de frutas. Gosto de infusões. Gosto de lavar a loiça. Gosto do pequeno-almoço. Gosto de lasanha. Gosto de gelados. Gosto da família. Gosto de amigos. Gosto do Namorado. Gosto de namorar. Gosto de lógica. Gosto de fotografia. Gosto de passear. Gosto de costurar. Gosto de trabalhos manuais. Gosto da Primavera. Gosto ainda mais do Verão. Gosto da praia. Gosto de água. Gosto do sol. Gosto de nadar. Gosto de esplanadas. Gosto de imperial e tremoços. Gosto de ervas aromáticas. Gosto de hortas. Gosto de calor. Gosto de ouvir música. Gosto de sair. Gosto de rir. Gosto de sonhar. Gosto de festas. Gosto de comemorar. Gosto de muito mais.
E principalmente Gosto de 17 de Fevereiro.
Hoje é o meu dia!
E já agora, uma das coisas de que mais gosto relacionado com o Dias dos Namorados: Promoções e descontos alusivos à data.
Espero que aqui em casa não se tenham esquecido que faço anos segunda-feira.
Que venham as caixas de chocolate aos corações!
Serei só eu que quando descubro um blog novo do meu agrado, gosto de o ler de uma ponta à outra?
É que às vezes gostava de comentar alguns posts, mas fico com vergonha por serem antigos, alguns verdadeiros dinossauros.
Eu não concorri às bolsas da FCT, que fique claro, mas sou afectada indirectamente. Namoro com o R. e estamos (praticamente) viver juntos há quase um ano. Ele é aluno de doutoramento e concorreu à bolsa da FCT. Não conseguiu.
Já tinha concorrido anteriormente e não obteve bolsa. Este ano fez de tudo para melhorar a nota da avaliação. Tentou melhorar todos os pontos negativos da avaliação anterior, vi-o a matar-se de trabalho só para conseguir ter artigos e o plano de tese prontos antes de entregar a última candidatura, com esperança de ter melhor classificação. Não foi suficiente.
Depois lemos os comentários da classificação e não achamos muito justo. E começamos a ler comentários nos fóruns sobre classificações não claras e subjectivas. E casos de conflitos de interesse no júri. E vemos nas notícias que o painel de avaliação de sociologia demitiu-se porque as notas foram alteradas sem o seu consentimento. E desmoralizamos.
Não estou a querer dizer que ele merecia mais do que os que conseguiram, quero só dizer que a atribuição de bolsas afecta muita gente.
Após os resultados a primeira reacção foi “E agora, emigramos?”. E isso não afecta só o R., também mexe comigo, com os pais dele, a minha família, amigos…
Hoje encontrei uma amiga de longa data, também ela em doutoramento. Ela conseguiu bolsa no ano passado, mas o namorado dela candidatou-se para este ano. Também não consegui e já anda à procura de emprego.
Eu só espero que esta situação dos cortes no financiamento não se reflicta no futuro. Acredito que para existir evolução é preciso investimento e investigação. E temo, se calhar com algum pessimismo, que nos anos vindoiros Portugal fique aquém dos outros países, mais atrasado. Porque sem investimento não é possivel existir investigação, e sem investigação não se consegue progredir.
Quando vais ao facebook e vês uma foto de alguém da tua idade agarrada à barriga.
Oi? Serão cólicas? - Foi o primeiro pensamento.
Não.
Está grávida.