Deixa Para Depois

Tenho sempre um livro na mesa da cabeceira e normalmente leio antes de dormir, foi um hábito criado em pequena e que às vezes é difícil de contrariar. Por vezes leio capítulos inteiros antes de adormecer, outras vezes só um paragrafo. E há principalmente dois tipos de livros: os que me acalentam e adormecem, e os que não me deixam dormir é-só-mais-um-capítulo. 

Esta é a minha mesa de cabeceira na casa dos meus pais com os livros que estão em lista de espera. Alguns são livros de primeira viagem, outros estão lá para serem relidos e apreciados com mais calma. Há mais em stand-by noutra estante, pelo que duvido que sejam apenas estes os meus companheiros de verão. 

Era ao lado do Leonardo DiCaprio. 

Foi amor à primeira vista.

Did my heart love till now? forswear it, sight!
For I ne’er saw true beauty till this night.

Desta vez adiantei-me ao Sapo e já tinha aqui colocado na semana passada a foto do meu último acidente na cozinha (aqui).

A ideia era fazer pizza. Mas aqui vou escrever os 6 passos para fazer calzones*.

1. Fazer a massa de pizza e deixar repousar no mínimo 2 horas.

2. Ligar o forno e esticar a massa em cima da bancada da cozinha (previamente enfarinhada), com o intuito de fazer pizza.

3. Ainda com a massa em cima da bancada, colocar o molho de tomate e os restantes ingredientes, até ficar bastante pesada. 

4. Transferir a pizza da bancada para o tabuleiro do forno e perceber que o peso dos ingredintes furam a massa.

5. Após a asneira, fazer uma grande salganhada, e embrulhar a massa numa bola com os ingredientes lá dentro para facilitar o seu transporte. 

6. Colocar no forno e esperar até ficar cozinhado. 

Pela foto não sei se dá para perceber, mas as coisas castanhas com aspecto esquisito são cogumelos. Foi um desastre de pizza, mas uma delicia de calzone*!

*Que basicamente não passa de um nome fino para "pizza fechada". 

Foi dificil escolher apenas uma Power Song, mas fica a minha sugestão.

É fácil. Não é um, são oito.

E de preferência em modo maratona. Assim, todos seguidos.

Já queria ter escrito isto, mas a falta de tempo e vontade fez-me adiar.

Conseguia ficar aqui até amanhã a escrever sobre coisas que me aborrecem, mas vou só escrever as primeiras 20 que me lembro:

1. Querer telefonar a alguém mas não ter saldo no telemóvel.
2. Pintar as unhas e duas horas depois ter o verniz lascado.
3. Ter um vale de desconto, mas a loja não ter o livro que quero.
4. Uma loja estar a fazer descontos em livros, mas o livro que quero continua com o preço normal.
5. Estar à espera de correspondência, abrir o correio só encontrar contas para pagar.
6. Ter que sair de casa quando está a chover. Ter que sair enquanto está a chover e não ter guarda-chuva.
7. Querer cozinhar e não ter os ingredientes todos. Ou quase nenhuns.
8. Ir ao supermercado e não haver o que preciso.
9. Ficar sem combustível, dirigir-me à estação de serviço, mas a bomba está fora de serviço.
10. Andar de transportes públicos e esquecer-me do livro em casa.
11. Ver o saldo no multibanco. É sempre uma chatice.
12. Encontrar uma peça de roupa de que gosto, a um preço que a minha carteira gosta, mas não encontrar o meu número.
13. Acabar um livro e não ter mais nada para ler em casa.
14. Estar com presa numa fila, mas a pessoa à minha frente não se despacha.
15. Querer só beber café, mas não ter trocos. E o multibanco só ter notas de 20€.
16. Quando a temporada de uma série de que gosto acaba e ter que ficar meses à espera da continuação.
17. Limpa o pó. Engomar a roupa. É aborrecido.
18. Ser esquecida.
19. Ter coisas planeadas com alguém, e na última hora desmarcarem.
20. Já ter pensado noutras coisa que me aborrecem, mas agora não conseguir lembrar-me delas. 

Então sapo, andas armado em calhandreiro? 

Os segredos não se contam, guardam-se.

Mas eu tenho um segredo que ainda é pequenininho.

Tenho um blog. Shiu, é segredo.

Não me consigo recordar com exactidão de quantos livros li em 2013, mas penso que foram cerca de 12. Não houve tempo para mais e sem dúvida que gostaria de ler mais. Mas este ano espero ler 12 livros também. Um por mês. Não é tão ambicioso como em alguns blogues que li (100 livros por ano?), mas sei que vai ser provavelmente a minha média.

Por influência da crise (ou talvez por coincidência), 2013 foi um ano de orçamento curto para livros. (Re)descobri a feira da ladra e os livros em segunda mão. Excepto quatro livros (dois oferecidos e dois comprados novos), todos os outros foram adquiridos a preço da chuva.

Este ano, com toda a certeza, vou continuar a comprar livros usados, que as palavras não se gastam com facilidade, e para mim o papel ainda prevalece sobre o digital.