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Quando comecei isto do blogue, comecei porque sim, porque me apetecia. Se os outros têm opiniões, eu também tenho as minhas. Mas os blogues sérios não são para mim, isto é um blogue pessoal e não me escrever coisas sérias. Portanto, o Deixa Para Depois pode ser considerado entulho blogosférico. Aqui não vão encontrar ideias iluminadas, epifanias, sugestões para sairmos da crise, não se vai escrever sobre política, não sou uma fashion girl, não vão encontrar receitas de culinária espetaculares e altamente gormet, não sou designer nem decoradora, portanto casas bonitas não serão da minha autoria. Também não sei escrever coisas bonitas, pelo que não vão encontrar grandes obras-primas de literatura. E já agora, nem de pintura nem de escultura, com excepção de coisas Art Attack. Pois, como adulta e madura que sou, continuo a gostar de ver o Art Attack.
Era só para dizer isto. Sentia que andava a enganar os (poucos) que por aqui passavam, a desperdiçar o tempo dos que vinham ao engano. Quando estava para actualizar o blogue vinha-me sempre à cabeça Mas isto interessa a alguém? O que tem isto de relevante? E acabava por não escrever nada. Assim, não sejam enganados, não vão encontrar coisas sérias, só mesmo banalidades.
Broods
Never Gonna Change
Querida tia, que em tempos disse que o El Corte inglés não é só para ricos e que há coisas para todas as carteiras, deve estar maluquinha da cabeça. Ou então ganhou o Euromilhões e não disse nada a ninguém.
Ontem, ao passar ao lado de tal centro comercial, o meu rapaz disse que nunca lá tinha entrado. Para satisfazer a curiosidade e para que não morresse na ignorância, entramos só para “ver montras”, já que o dia era de passeio.
Se calhar exagerei, porque na verdade encontrei algo que a minha carteira consegue suportar, um conjunto de frigideiras a 10€. De resto, enquanto não tiver pais ricos, ganhar o euromilhões ou ir ao BES, só me resta sonhar e rir de certos preços completamente absurdos.
É que um roupão de banho custar 323€ não me cabe na cabeça. Ainda por cima um roupão normalíssimo, nada estético, de cor de burro a fugir, de modelo igualíssimo tantos outros (muito) mais baratos. Se fosse de alguma marca específica (que não era), se tivesse um tecido diferente (que não tinha), ou alguma característica especial (que não encontrei) ainda percebia. E nem era assim tão fofinho, que lhe passei a mão pelo pêlo para encontrar a justificação de tal valor. Ainda pensei que tivesse aquecimento interior, ou alguma tecnologia de ponta de secagem automática, mas não.
Mas há pessoas que têm dinheiro e que compram na mesma, dizia ele. Pois, está bem, mas acredito que os ricos também são inteligentes. E pagar 323€ por algo que se encontra a 50€ (ou a muito menos) é ser estúpido. E ainda por cima por algo que só se usa só depois do banho, que nem para robe servia.
2CELLOS
With Or Without You, dos U2
--Spoiler Alert-- Pode conter informação a mais para que não viu o último episódio
Vi ontem o final de HIMYM, e quando acabou fiquei 15 minutos a olhar para a televisão em preto. Fiquei com aquela sensação dormente de Acabou-se, e agora?
Pelas redes sociais tenho visto muita indignação com o final, mas eu gostei. Apesar de não ter o fim que tinha previsto e como gostava que terminasse, gostei de como acabou a história.
Tal como nos livros, não gosto de séries com personagens óbvias, demasiado boazinhas ou demasiado mazinhas, em que já se sabe o destino logo no primeiro episódio.
Andava eu a pensar que o Marchall ficava com a Lily, o Barney com a Robin, e o Ted com Tracy. O dia de casamento do Ted ia ser uma coisa espetacular, cheio de fogo de artificio e lamechices. Pronto, casavam todos, tinham filhos e ficavam felizes para sempre. Pensava eu. Até podia ter sido assim, cor-de-rosa, mas acho que não iria ter tanta piada, penso que era o que todos estavam à espera.
Gostei da reviravolta, há quem não concorde, mas há um toque de "realidade" na série. As pessoas morrem, casam com a pessoa errada, vão-se apaixonando gradualmente, cometem erros, enganam-se a si próprias, são orgulhosas, mas a vida continua. A vida não é preto e branco, é feita de cinzentos.
"Ah e tal, o título é How I Met Your Mother, mas afinal é a história de como conheceu a Robin." Pois, se eu fosse inteligente tinha logo percebido quem era a mulher da vida dele, a série começa logo com ela.
Adoro os Muse por mil e um motivos, estes são só dois exemplo.
1. Pediram para não cantarem palavrões enquanto actuavam em directo para uma rádio. É pena que as músicas deles não contenham asneiras.
2. Pediram para fazerem playback num programa em directo.